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Sobre mim

Sou mãe do Gustavo (4), da Constança (3) e da Benedita (1). Sou dona de casa e orgulho-me de poder acompanhar os meus filhos para o que for preciso (a minha felicidade passa por saber que tenho os meus filhos comigo, saudáveis, felizes e com a mãe sempre por perto). Por outro lado, o não ter um trabalho remunerado, pode ser avassalador por vezes.

Nasci e fui criada na cidade, mas a minha alma sempre esteve ligada à Natureza e ao ar livre. Assim que acabei o meu curso, comecei logo a trabalhar e comprei um apartamento na minha cidade. Quis o destino que, aos 27 anos, eu casaria com um homem do campo. O meu amor. Ele mudou-se para a cidade (para o meu apartamento) e fazia 100 km por dia para o trabalho dele. Veio o primeiro filho e, com ele, o meu desemprego. Custou-me horrores, eu que sempre fui tão activa, e adorava ter o meu ordenado para as minhas coisas, agora ficava em casa com o meu bebé, completamente dependente do marido...

Com o tempo, fui aprendendo a gostar da minha situação (mais tempo para o bebé e para a casa, que começou a andar mais organizada). E os nossos planos passavam por ter, pelo menos 3 filhos, por isso, o desemprego deixou de ter esse nome, e comecei a mentalizar-me de que seria dona-de-casa por opção.

Ora bem, aqui começou o berbicacho! O marido ganhava bem, mas não era nenhum ordenadão; eu não tinha rendimentos; vinha o segundo filho a caminho (e sabíamos que ainda íamos ao terceiro!); e tínhamos uma enorme vontade de nos mudarmos para o campo. Queríamos comprar uma casa nova, espaçosa, com jardim, com rés-do-chão e primeiro andar, sem vizinhos. Mas não queríamos abdicar do apartamento da cidade. Sim! Leram bem! Queríamos ficar com 2 casas, 3 filhos, a mulher em casa e o  marido a trabalhar. Impossível? Não é. Não foi.

Mudámos para a casa nova em Junho de 2015.

Temos a vida que sempre quisemos desde que casámos. Não posso dizer que seja um processo simples, mas que vale a pena, vale! Uma pessoa não nasce frugal. É um processo progressivo com o tempo, é uma aprendizagem constante e que dá resultados incríveis! Quem é frugal consegue ter uma vida excelente, sem abdicar de nada, aliás ainda ganha mais qualidade de vida, porque se foca no que realmente é importante! A família, os sentimentos, os valores, os princípios.

Se para recebermos um ordenado no fim do mês que nos pague as contas, temos que dispensar tanto do nosso tempo num trabalho, em que às vezes nem nos sentimos felizes a fazer, por que razão iremos gastar todo esse dinheiro em coisas que nem nos fazem felizes (ou fazem por muito pouco tempo)?

Não terá mais valor o dinheiro utilizado mais sabiamente? Utilizado com moderação e em proveito de uma causa maior? Como a nossa felicidade e tranquilidade em dormir de noite?

Quero partilhar neste blog o nosso estilo de vida e o que faço/fazemos para que nada nos falte em casa e ainda termos dinheiro para poupanças, apenas com 1 ordenado numa casa para 5 pessoas.

    

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