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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Aceitar o que sai fora dos nossos planos



Nem sempre as coisas correm como gostaríamos. Por vezes, todo o nosso esforço e dedicação são atingidos por uma força maior.

Vejamos por exemplo, um atleta que pratica horas, dias, semanas, gastando a sua energia para uma competição e heis que, na véspera, torce um pé e não pode correr. Um estudante aplicado estuda aprofundadamente determinado assunto, que até acabou por não sair no exame. Uma mulher que prepara as malas para viajar de avião, cheia de saudades do marido temporariamente emigrado e, chegando ao aeroporto, vê o seu voo cancelado pelo mau tempo.

Serão estes três exemplos razões para se desistir do que se tanto deseja? O atleta deverá desistir de voltar a competir, ou deverá recuperar e voltar meses mais tarde? O estudante deverá desistir do exame e seguir outra área que nem gosta assim tanto, ou deverá repetir o exame? A mulher deverá desistir de viajar e espera mais uns meses para reencontrar o amado, ou deverá insistir até conseguir outro voo?

Haverá muitos, muitos momentos na vida de todos nós em que só nos apetece desistir. Realmente há dias em que mais vale nem sair da cama, com tudo o que acontece de mal, desde que acordamos até que nos deitamos. Mas, e se pensarmos "Amanhã corre melhor." "Não consegui hoje, vou conseguir amanhã." De nada nos adianta desistir, porque vamos continuar com isso na cabeça e remoer-nos.

Houve alturas em que eu própria também quis desistir desta luta que é viver de apenas um único rendimento e querer amortizar créditos. Houve momentos de grande frustração. Mas quando se quer muito, não se desiste. Nem se desmoraliza. Aceita-se. Aceitam-se esses momentos e pensa-se "É temporário, daqui por uns dias tudo está melhor."

Houve meses que não contávamos que o valor da água fosse tão alto (ou da luz) e foram meses mais apertados, que não se poupou. Cá em casa, primeiro são pagos os créditos habitação, depois as contas fixas de serviços, a alimentação, a natação e a escola dos mais velhos. Só no final de tudo pago, é que vemos o que podemos pôr de parte. Ou seja, só podemos poupar no que é dispensável (ou substituído por alternativas mais baratas), porque o essencial está pago, e é o que nos interessa.

Penso no meu objectivo, no que eu mais anseio, e tenho a certeza que vou lá chegar. Mais depressa ou mais devagar, o importante é chegar.

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